terça-feira, 12 de abril de 2011

Não! A menos que não, sim!
Corra e se canse, esteja ofegante, se encontre perdido em algum lugar...
não olhe para trás. É tão fácil quando eles dizem, não?
Não os culpe, se culpe, torture-se, aproveite essa dor, sinta esse medo, contorça-se no escuro.
Grite sem pronunciar uma palavra, engula-as e deguste-as em forma de arrepios e calafrios, e suor, e lágrimas, e a falta das mesmas, até que não saiba o que falar, até que o silêncio seja o que queres dizer. Não diga.
Ele se foi, ela se foi, eles se foram. Logo você vai. O logo nunca chega. Anseia pelo futuro, pelo que não pode ver, tocar, e apenas sente. E de repente não sente. E então se esquece, como se pudesse. E logo se lembra do que não pode ter, de como o perdeu, de como a perdeu. Não era para ser?
Talvez não seja.
Cansado de esperar que o amanhã chegue e traga consigo meus sonhos embrulhados para viver.
Encontre o que procura pelo caminho tentando se encontrar. Talvez se encontre, ou não. Aproveite o que encontrar. Viva o que sonhar. Ame o amor, e ele mostrará a quem deve amar.
Que caia, e levante-se para cair de novo, e que aproveite a queda tanto quanto o levantar. Que aprenda a viver o esperar, o sorrir, doer, o olhar, ouvir, tocar, o não saber.
Seria tão chato se fizesse sentido. Se pudesse ser explicado, se não fosse ignorado, satirizado, se não houvessem impossíveis.
E quanto à isso, enquanto isso, escreva, até não conseguir

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